quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Despedida

Caros leitores, primeiramente gostaria de pedir desculpas pela minha ausência na semana passada, mas a escravidão pela máquina foi mais forte que meus instintos mais primitivos e, infelizmente por problemas técnicos, não pude escrever.

A outra noticia ruim é que hoje (31/10) em pleno Halloween, a coluna deixa de existir por alguns critérios de avaliação do trabalho (blog).

Falarei basicamente de um tema nesta coluna já com clima de saudosismo. O assunto proposto é a divulgação do ranking mundial em competitividade que, claro, registrou a queda de nossa gloriosa nação em relação ao ano passado. De 171 países pesquisados, o gigante latino ficou em 72º lugar (foi 66º em 2006), posição bem abaixo dos BRICS (que além do Brasil, conta com Rússia, Índia e China), um grupo de emergentes que os investidores apostam que serão “grandes” no futuro. A Rússia ficou na 58ª colocação, a Índia teve o 48º posto e a China ocupou a 34ª posição.

Nota-se que o Brasil, mesmo concorrendo com países com situações semelhantes às suas, não consegue se destacar, ficando novamente na promessa da época de Cabral: “o país do futuro”.
O ranking, diferente daquele feito por garotos engravatados que brincam de ganhar dinheiro como é o caso do risco-país, é um dos mais respeitados pelos economistas / investidores na hora de analisar as condições econômicas de um país hora que tiver a possibilidade de receber dinheiro de fora.


Podem culpar tudo. Dólar, bolsas em queda pelo mundo, o medo do credito “subprime”, mas como sempre, ninguém assume a culpa pelos já tradicionais “vôos de galinha” da economia tupiniquim.

Para ilustrar apenas, o 1º do ranking de competitividade colocado são os EUA (se você pensou que fosse Bolívia, infelizmente errou) seguidos por Suíça, Dinamarca, Suécia e Alemanha, só para citar os cinco primeiros. O melhor colocado da América Latina é o Chile, no 26º lugar.
Parece-me que temos uma urucubaca em cima. Não crescemos ou evoluímos nada nos últimos 20 anos (para confirmar a minha frase, leiam “A ética na política : venturas e desventuras brasileiras” de Denis Rosenfield, publicado em 1992 pela Brasiliense) e pioramos em muitos aspectos.


Não é viável investir no Brasil. A carga tributaria é um atentado ao bolso de qualquer empresário de esquina. Os juros, mesmo em queda, estão em patamares estelares, se comparando com o restante do planeta.

As instituições são fracas e pouco confiáveis. Todos aqui, quase sem exceção, querem tirar vantagem de alguma coisa, mesmo se for no par ou ímpar. É esta a nação do futuro? Continuando assim, nosso futuro será em cavernas, pintando paredes e comendo com as mãos. Mas isso já não aconteceu? Não com “ginga” tupi-guarani. Parafraseando o gênio macaco Simão: “Acorda Brasil”. Obrigado por me agüentarem neste período. Abraços a todos.

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