sábado, 3 de novembro de 2007

Por um fio! (A odisséia)




Olá amigos!
Novamente estou aqui para falar a respeito das agruras da vida.

No mês Outubro, diga-se de passagem, o mês inteiro, no quarteirão em que moro, ficamos sem a tão importante iluminação pública. O local ficou um verdadeiro breu, não se enxergava um palmo à frente do nariz.

Diante de tal preocupação, recorri à empresa que se diz responsável pelo problema, a nossa querida amiga Eletropaulo que já havia registrado algumas reclamações dos moradores da região, pois só no meu condomínio são cento e trinta apartamentos. Após inúmeras ligações, visto que já estávamos no escuro durante vinte dias, tentei inutilmente recorrer à dita cuja para reivindicar o meu “direito” de cidadão e acima de tudo consumidor, afinal o dinheiro é quem manda, ou eu tô enganado?

Fiquei durante uma hora pendurado ao telefone ouvindo musiquetas e gravações que me falavam maravilhas da prestadora de serviços. Saldo do domingo: Não consegui falar com ninguém e como sou uma pessoa que sofre de S.E.P, (não é Sociedade Esportiva Palmeiras, apesar da campanha), e sim “Síndrome de Emputecimento Progressivo”, perdi meu sono e na cama contabilizei o valor da minha fatura mensal de energia elétrica descontando o tempo que estávamos no escuro.

No dia seguinte entrei em contato novamente com a Eletropaulo pelo mesmo número do dia anterior - 0800 7272196, e depois de muito aguardar fui atendido, para logo em seguida, após ter feito perguntas que a atendente não sabia responder, ser deixado de lado por mais algum tempo, pendurado entre musiquetas e gravações, a linha estranhamente caiu.

Mais um dia se passou e após tentativas incontáveis consegui ser atendido e registrar minha queixa sob o protocolo de nº.146517537, e fui informado que minha reclamação era a de numero quinze, ou seja, quinze ligações a respeito do mesmo problema, mais de vinte dias sem luz e nada resolvido.

Os dias se passavam e eu já estava pensando em comprar uma lanterna pra poder chegar em casa. Minha síndrome de emputecimento já estava no ápice, resolvi ligar novamente para 0800 que obviamente também não me disse nada que eu já não sabia. Coisas do tipo: Já encaminhamos seu pedido senhor! Seu problema é nossa prioridade senhor! E todo aquele papo furado de telemarketing lobotômico e enfadonho.

Resolvi então ligar para a ouvidoria da Eletropaulo pelo número 0800-7273110, fui atendido prontamente, e como diria Roberto Carlos, daqui pra frente tudo vai ser diferente, ledo engano, me disseram que a reclamação tinha sido encaminhada para uma tal lista emergencial. Dá-lhe protocolo e me enfiaram mais um sob o nº. 7101353.

Enfim senhores jornalistas usei minha ultima cartada, respirei fundo e disse que iria me valer da profissão de jornalista pra denunciar tal descaso. Aí tudo se fez luz e no mesmo dia o problema foi resolvido.

Após três dias recebi uma ligação em meu celular para saber se eu estava satisfeito com a manutenção, perguntei qual a razão do problema e pasmem para minha surpresa, disseram que os fios de energia elétrica tinham sido roubados. Cê ta pensando que a história termina por aqui? Aí é que você se engana meu chapa!

Quis saber a respeito da ocorrência policial que registra o roubo e o ouvidor, ou melhor, “ouvidora”, era uma mulher, me disse que não há boletim de ocorrência e que a Eletropaulo tem um acordo com a policia e não é necessário boletim. É mole? Roubo sem boletim de ocorrência!

Liguei para o 190, Policia Militar e fui informado que tal acordo não era do conhecimento da corporação, resta saber, com quem é o acordo??

Agora eu tô curioso, vou investigar e volto pra contar. Alguém aí conhece um delegado?

Abraço!

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

“Dentre os grandes, és o primeiro”

Primeiramente, gostaria de pedir desculpas a vocês leitores pois não consegui postar essa edição especial na quinta-feira como prometido devido a uma cirurgia para a retirada de dois dentes do siso.

Mas vamos ao que interessa. Não irei falar da partida que foi relativamente fácil e em ritmo de festa. Morumbi com quase 70 mil pessoas (e eu estava lá!). Momento inesquecível. 3 a 0 para o São Paulo e o título carimbado.

Quem merece todas as glórias desta conquista são os jogadores e toda a comissão técnica. Por isso vai aqui, a lista de todos que fizeram parte dessa conquista:
GOLEIROS
1. Rogério Ceni: Mais que um jogador. Um capitão, um líder, um herói. Sem dúvida, o melhor jogador do São Paulo em todos os tempos.
22. Bosco: Não jogou nenhuma partida, mas um jogador que se precisasse, daria conta do recado.
40. Fabiano: Estreou com 19 anos como titular no Maracanã contra o Fluminense e evitou a derrota do São Paulo defendendo um pênalti. Muita personalidade.

LATERAIS
6. Júnior: Parecia que não jogaria o Brasileirão. Só ficava no banco por opção de Muricy. Entrou nas últimas rodadas e foi de extrema importância.
13. Reasco: Muito tempo fora da equipe por causa de contusões. Mas quando atuava, desempenhava bom futebol.
16. Jadílson: Teve um bom começo de torneio mas depois seu rendimento caiu. Importante em algumas partidas.
23.Jackson: Jogou 1 ou 2 jogos. Recém promovido dos juniores. Tem grande futuro pela frente.

ZAGUEIROS
3. André Dias: Era titular até sofrer uma lesão. Mas sempre quando entrava não deixava a torcida sentir falta dos zagueiros titulares.
5. Miranda: Esse fez a torcida esquecer Lugano. Leal nas divididas e ótimo marcador. Não é preciso dizer mais nada.
12. Danilo Silva: Veio do Guarani e estreou no jogo do título.
15. Alex Silva: Excelente. Jogou um campeonato impecável. Pena que sofreu uma lesão no joelho e ficará fora dos gramados de 6 a 8 meses. Valeu Alex!
33. Breno: Um garoto com recém-completados dezoito anos, titular da zaga e campeão foi sem dúvida nenhuma uma das principais revelações do torneio. E tem tudo para ser convocado para a seleção.

VOLANTES
18. Fernando: Irmão do Carlos Alberto, ex-Corinthians, e só.
19. Fredson: Lesionou-se no meio do campeonato. Mas não fez muita falta não.
20. Richarlyson: Um jogador muito questionado antes do torneio. Calou a boca dos críticos e se foi um dos melhores de sua posição.
21.Zé Luis: Bom volante. Jogou bem em partidas que entrou. Acabou se lesionando também.
26. Hernanes: Outra revelação do torneio. Fez o torcedor nem lembrar de Mineiro e Josué. Um dos melhores do time e do Brasileirão.

MEIO-CAMPISTAS
7. Jorge Wagner: O garçom da equipe. Jogou muito tanto como lateral esquerdo ou meia. Fundamental no esquema de jogo do São Paulo. Um dos melhores.
10. Souza: Habilidoso. Decisivo em com passes e cruzamentos. Quando caiu de rendimento, foi para o banco e aprendeu a lição.
11. Hugo: Meio campo um pouco irregular. Não fez uma temporada tão boa quanto em 2006 quando jogava pelo Grêmio. Mas importante na conquista.
29. Sérgio Mota: Deve jogar nessas últimas rodadas. Veio dos juniores.
30. Francisco Alex: Também, outro que deve jogar as últimas partidas.

ATACANTES
9. Leandro: Demonstra muita raça e vontade durante os jogos. Colaborou com passes e gols em momentos decisivos.
14. Aloísio: É o símbolo da vontade de vencer do São Paulo. Preparou diversas jogadas que resultaram em gols, cavou faltas e pênaltis e ainda fez alguns gols.
17. Borges: Não é muito habilidoso, mas é fazedor de gols. E é isso o que importa.
25. Dagoberto: Veio com status de estrela. Craque. Importante para a equipe. Ano que vem tem tudo para ser melhor ainda.
34. Diego Tardelli: Voltou de empréstimo mas precisa melhorar muito. Um pouco firulento demais. Mas fez a jogada do gol na partida contra o Cruzeiro no Morumbi.

TÉCNICO: Muricy Ramalho – Contestado demais após as eliminações no Paulistão e na Copa Libertadores (até por mim). Mas o presidente segurou a bronca e o manteve no cargo. Extremamente competente e decisivo para a conquista do título. Apesar de um elenco considerado por ele (Muricy) pequeno, foi até o final com improvisações e com muito talento levou o time ao pentacampeonato nacional.

Não podemos esquecer dos jogadores que foram negociados durante a competição: Ilsinho, Edcarlos, Josué, Lenilson e Marcel também fazem parte desta conquista.

Parabéns São Paulo!!! Segundo a CBF, o único pentacampeão brasileiro da história e como diz o hino tricolor: “Dentre os grandes, és o primeiro”.

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Despedida

Caros leitores, primeiramente gostaria de pedir desculpas pela minha ausência na semana passada, mas a escravidão pela máquina foi mais forte que meus instintos mais primitivos e, infelizmente por problemas técnicos, não pude escrever.

A outra noticia ruim é que hoje (31/10) em pleno Halloween, a coluna deixa de existir por alguns critérios de avaliação do trabalho (blog).

Falarei basicamente de um tema nesta coluna já com clima de saudosismo. O assunto proposto é a divulgação do ranking mundial em competitividade que, claro, registrou a queda de nossa gloriosa nação em relação ao ano passado. De 171 países pesquisados, o gigante latino ficou em 72º lugar (foi 66º em 2006), posição bem abaixo dos BRICS (que além do Brasil, conta com Rússia, Índia e China), um grupo de emergentes que os investidores apostam que serão “grandes” no futuro. A Rússia ficou na 58ª colocação, a Índia teve o 48º posto e a China ocupou a 34ª posição.

Nota-se que o Brasil, mesmo concorrendo com países com situações semelhantes às suas, não consegue se destacar, ficando novamente na promessa da época de Cabral: “o país do futuro”.
O ranking, diferente daquele feito por garotos engravatados que brincam de ganhar dinheiro como é o caso do risco-país, é um dos mais respeitados pelos economistas / investidores na hora de analisar as condições econômicas de um país hora que tiver a possibilidade de receber dinheiro de fora.


Podem culpar tudo. Dólar, bolsas em queda pelo mundo, o medo do credito “subprime”, mas como sempre, ninguém assume a culpa pelos já tradicionais “vôos de galinha” da economia tupiniquim.

Para ilustrar apenas, o 1º do ranking de competitividade colocado são os EUA (se você pensou que fosse Bolívia, infelizmente errou) seguidos por Suíça, Dinamarca, Suécia e Alemanha, só para citar os cinco primeiros. O melhor colocado da América Latina é o Chile, no 26º lugar.
Parece-me que temos uma urucubaca em cima. Não crescemos ou evoluímos nada nos últimos 20 anos (para confirmar a minha frase, leiam “A ética na política : venturas e desventuras brasileiras” de Denis Rosenfield, publicado em 1992 pela Brasiliense) e pioramos em muitos aspectos.


Não é viável investir no Brasil. A carga tributaria é um atentado ao bolso de qualquer empresário de esquina. Os juros, mesmo em queda, estão em patamares estelares, se comparando com o restante do planeta.

As instituições são fracas e pouco confiáveis. Todos aqui, quase sem exceção, querem tirar vantagem de alguma coisa, mesmo se for no par ou ímpar. É esta a nação do futuro? Continuando assim, nosso futuro será em cavernas, pintando paredes e comendo com as mãos. Mas isso já não aconteceu? Não com “ginga” tupi-guarani. Parafraseando o gênio macaco Simão: “Acorda Brasil”. Obrigado por me agüentarem neste período. Abraços a todos.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Pentacampe........

Mais um campeonato chegando ao seu final e disputas por alguma vaga na Libertadores, na Sul-Americana e na luta contra o rebaixamento ainda estão abertas. Porque o título já tem dono e se identifica por São Paulo Futebol Clube. Na quarta o grito da torcida será oficial e completo.

O tricolor foi a Recife sabedor da dificuldade que teria frente ao Sport. Mas quem achava que o time pernambucano fosse tomar a iniciativa do jogo se enganou. O São Paulo marcou bem o adversário e fez seu primeiro gol com o goleiro artilheiro Rogério Ceni, o sexto gol dele na temporada, sendo o segundo de falta. Curiosamente esses dois contra o Sport (o primeiro foi no 1º turno do brasileirão).

O goleiro aliás, na semana passada, foi indicado para concorrer ao prêmio de melhor jogador do mundo pela revista France Football, o famoso título da Bola de Ouro. Dificilmente o capitão tricolor irá vencer essa eleição, já que na disputa estão jogadores como Kaká, Messi, Cristiano Ronaldo, Drogba, entre outras feras. E não dá para entender como o Dunga deixa hoje o Rogério fora da seleção brasileira.

Bom voltando ao jogo. O time paulista entrou sabendo que não seria campeão nesta rodada pois o Santos havia ganhado seu jogo no sábado contra o Goiás. Mas como uma vitória faria com que o título ficasse mais próximo, Aloísio tratou de ampliar o placar no segundo tempo. Um minuto depois, o time de Recife diminuiu numa cobrança de pênalti. Mas o Tricolor venceu por 2 a 1 e só ficou a uma vitória do título.

Mas o Palmeiras tratou de deixar tudo mais fácil. Empatou com o Vasco e a vantagem que era de 13 passou para 15 pontos de diferença. Como restam 15 pontos em disputa, o tricolor só precisa de mais 1 pontinho só. E o próximo jogo é contra o já rebaixado América-RN. Ou seja, era tudo do jeito que o time e a torcida queria ver: o pentacampeonato sendo oficialmente conquistado no Morumbi (ou seria MorumTRI, MorumTETRA. Não agora é MorumPENTA) provavelmente com uma vitória.

Nada mais justo para um time que tem 71% dos pontos aproveitados. É o time que mais venceu (21 partidas, sendo 11 vitórias fora de casa), o que menos perdeu (apenas 5 jogos) e tem a melhor defesa do torneio (13 gols sofridos em até agora 33 jogos, uma média de 0,39 gol sofrido por partida). O título está em boas mãos.

Na quinta-feira tem edição especial caso o São Paulo confirme a conquista (a chance de acontecer é de 99%).

Abraços e até breve!!!

domingo, 28 de outubro de 2007

Outro capítulo de um romance policial

Talvez com um número compatível ao de leitores de Agatha Christie, os espectadores da política brasileira acompanhem os últimos casos recorrentes. A escritora mais reconhecida por conta de seus romances policiais, ganhou o título de “A rainha do Crime”. E a semelhança com a política nacional não gira apenas em torno do número de acompanhantes das obras – literárias e últimas do Senado – constrói-se também por conta das ilimitadas acusações, investigações e dossiês que compõem a epopéia de Renan Calheiros e seu mandato.

O senador Jerfferson Péres, relator do processo contra Renan está sendo submetido a uma série de acusações desde que aceitou relatar o processo para investigar a participação de Calheiros numa sociedade secreta, que comprou veículos de comunicação em Alagoas. Forjaram-se comentários e acusações contra o senador-relator colocando em xeque sua credibilidade e isenção.

Senadores receberam um dossiê contendo acusações e registros contra o colega amazonense Péres. Os documentos que chegaram em um envelope eram um DVD e uma folha de papel. O conteúdo exibido em 5 minutos sugeria o envolvimento do senador numa fraude financeira contra uma siderúrgica, na década de 70. Caso já utilizado antes para constrangê-lo. Diz-se que os boatos e as acusações já teriam uma provável procedência – assessores de Renan Calheiros.

Durante os últimos dias o relator do processo esteve ocupado reunindo documentos para comprovar sua inocência. Péres requisitou uma série de certidões à Agência Brasileira de Inteligência e à direção do Senado. A Abin tratou de informá-lo que nunca haviam sido realizadas apurações que pudessem tê-lo comprometido. As acusações também alcançam seu círculo familiar, ao atingirem sua esposa – como assalariada do senador – e amigos que supostamente ganhariam passagens aéreas.

Todavia, Jefferson Péres adverte, desde já, que as “acusações e comentários da tropa de elite de Renan, não vão alterar uma linha” de seu relatório. Alguns membros de Senado partilham da opinião que o dossiê é mais uma prova de que estabeleceu-se um vale-tudo para preservar o mandato de Renan Calheiros, porém o nível de baixarias foi descendo a medida que subiam as possibilidades de Renan perder o mandato. O nível de estratégia dos assessores de Renan chegou ao ápice da criação com os planos de espionagens de alguns outros senadores – ratificando o vale-tudo.

“Agora, as armas recorrentes no Senado são chantagens, ameaças e constrangimentos, utilizados as claras, sem a preocupação de ocultar autores”. – afirma outro grupo de membros do Senado. Para Renan Calheiros existe um conjunto de documentos, recibos e testemunhas mostrando que o presidente licenciado comprou na clandestinidade, usando pessoas de sua confiança – os chamados laranjas, um grupo de comunicações. O caso pode levar o senador a perder, definitivamente, seu mandato. E ainda quanto a primeira gama de acusações, referentes ao relator Péres, constatou-se que no dossiê existem impressões digitais de assessores de Renan.

Impressões digitais, acusações e clandestinidade são alguns dos elementos que compõem um relato policial. No caso dos romances da escritora inglesa, seus leitores são levados facilmente pelo enredo, pela trama e pela forma como as coisas se desenvolvem antes de serem solucionadas. Ao contrário do cenário político brasileiro, as lacunas se constroem no exato momento em que vislumbra-se a resolução dos casos.

O enredo e a trama do Senado brasileiro contam com componentes cíclicos e personagens que desconhecem quaisquer possibilidades de punições. Diferente dos leitores de Christie, os leitores brasileiros fecham seus livros para não serem obrigados – a qualquer momento – a reiniciar a leitura.

sábado, 27 de outubro de 2007

Primeiro Comando das Igrejas

Já diria meu amigo Lula: "nunca na história deste país", a polícia teve que correr atrás de tantos religiosos! Se no ano passado a pedra no sapato da polícia paulista foi o Primeiro Comando da Capital, neste ano foi o Primeiro Comando das Igrejas.

Logo no começo do ano, os líderes da igreja Renascer, Estevam e Sônia Hernandes, foram acusados pelo Ministério Público de São Paulo de cometer os crimes de lavagem de dinheiro, estelionato e falsidade ideológica. Essas acusações já haviam rendido um pedido de prisão preventiva, o bloqueio de bens e a quebra do sigilo bancário . Após conseguirem uma liminar revogando o pedido de prisão, foram para a terra do Tio Sam, e lá foram presos por declarar falsamente que não carregavam mais de US$ 10 mil quando portavam US$ 56 mil.

Mêses depois um novo escândalo vem a tona. O famoso Pe. Júlio Lancetti, reconhecido por suas lutas sociais em defesa nos menores de rua e portadores do vírus HIV, foi acusado de crime de corrupção de menor dentro da Casa Vida, ong de sua propriedade. Isto, logo após o próprio padre se dirigir a polícia e ter denunciado que estava sendo vítima de crime de extorsão por parte de menores ex-internos da FEBEM. Hoje, a polícia prendeu mais três suspeitos de praticar o crime.
Ambos os casos são extremamente delicados, pois mexem com a fé de multidões. Mas é notável a diferenciação no tratamento das duas notícias por parte da imprensa. O caso dos bispos da Renanscer foi mais explorado, opinado e acusador, já o caso do padre paulista, vem sendo noticiado com maior cautela. Não defendo nenhuma das partes, logo porque não posso afirmar até que ponto estas notícias são verdadeiras quando passadas por diferentes interesses em uma imprensa dividida entre católicos e evangélicos, mas tanto os jornalistas, a polícia, e o Ministério Público precisam buscar ao máximo a imparcialidade e a responsabilidade destes fatos.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

"O búfalo falou que é bom"


Mas não é não!! A partir dessa sexta-feira a comercialização de leites das empresas Parmalat e Calu estão proibidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Em Minas Gerais, a Vigilância Sanitária local, determinou também a proibição do produto da marca Centenário.

A Operação Ouro Branco, iniciada na segunda-feira passada, foi o que levou a descoberta do problema do leite nas três marcas. Trinta pessoas foram presas pela Polícia Federal sob acusação de estarem envolvidas em em um esquema de adulteração do leite em duas cooperativas de Minas Gerais (Uberaba e Passo Fundo). A acusação é a de que foi adicionado ao produto soda cáustica e água oxigenada.

Essas substâncias são proibidas pelo ministério da Agricultura e por mais que não causem danos à saúde são usadas para disfarçar produtos de má qualidade, obtidos em condições irregulares de higiene.

Procurados pelo Jornal O Estado de São Paulo, a Parmalat disse que não havia sido notificada pela Anvisa e acrescentou que garante a qualidade dos produtos. A Calu afirmou que retirou do mercado os lotes que teriam problemas assim que soube dos resultados dos exames.

É no mínimo estranho que uma empresa do porte da Parmalat precise dispor de artifícios ilícitos para otimizar sua produção. É um desrespeito com o consumidor e passa bem longe de uma postura ética. É um desrespeito também com a história da empresa, que durante anos, consolidou uma identidade, uma marca forte na cabeça do consumidor que hoje, ou até a semana passada, via o produto como sinônimo de tradição e credibilidade – os bens mais importante para uma marca. Fica então mais um trabalho para os deuses da publicidade que vão ter que apostar muito na memória curta do brasileiro.

Veja a relação dos lotes adulterados em http://www.anvisa.gov.br/divulga/noticias/2007/251007_5.htm