quarta-feira, 31 de outubro de 2007
Despedida
A outra noticia ruim é que hoje (31/10) em pleno Halloween, a coluna deixa de existir por alguns critérios de avaliação do trabalho (blog).
Falarei basicamente de um tema nesta coluna já com clima de saudosismo. O assunto proposto é a divulgação do ranking mundial em competitividade que, claro, registrou a queda de nossa gloriosa nação em relação ao ano passado. De 171 países pesquisados, o gigante latino ficou em 72º lugar (foi 66º em 2006), posição bem abaixo dos BRICS (que além do Brasil, conta com Rússia, Índia e China), um grupo de emergentes que os investidores apostam que serão “grandes” no futuro. A Rússia ficou na 58ª colocação, a Índia teve o 48º posto e a China ocupou a 34ª posição.
Nota-se que o Brasil, mesmo concorrendo com países com situações semelhantes às suas, não consegue se destacar, ficando novamente na promessa da época de Cabral: “o país do futuro”.
O ranking, diferente daquele feito por garotos engravatados que brincam de ganhar dinheiro como é o caso do risco-país, é um dos mais respeitados pelos economistas / investidores na hora de analisar as condições econômicas de um país hora que tiver a possibilidade de receber dinheiro de fora.
Podem culpar tudo. Dólar, bolsas em queda pelo mundo, o medo do credito “subprime”, mas como sempre, ninguém assume a culpa pelos já tradicionais “vôos de galinha” da economia tupiniquim.
Para ilustrar apenas, o 1º do ranking de competitividade colocado são os EUA (se você pensou que fosse Bolívia, infelizmente errou) seguidos por Suíça, Dinamarca, Suécia e Alemanha, só para citar os cinco primeiros. O melhor colocado da América Latina é o Chile, no 26º lugar.
Parece-me que temos uma urucubaca em cima. Não crescemos ou evoluímos nada nos últimos 20 anos (para confirmar a minha frase, leiam “A ética na política : venturas e desventuras brasileiras” de Denis Rosenfield, publicado em 1992 pela Brasiliense) e pioramos em muitos aspectos.
Não é viável investir no Brasil. A carga tributaria é um atentado ao bolso de qualquer empresário de esquina. Os juros, mesmo em queda, estão em patamares estelares, se comparando com o restante do planeta.
As instituições são fracas e pouco confiáveis. Todos aqui, quase sem exceção, querem tirar vantagem de alguma coisa, mesmo se for no par ou ímpar. É esta a nação do futuro? Continuando assim, nosso futuro será em cavernas, pintando paredes e comendo com as mãos. Mas isso já não aconteceu? Não com “ginga” tupi-guarani. Parafraseando o gênio macaco Simão: “Acorda Brasil”. Obrigado por me agüentarem neste período. Abraços a todos.
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
Pentacampe........

O tricolor foi a Recife sabedor da dificuldade que teria frente ao Sport. Mas quem achava que o time pernambucano fosse tomar a iniciativa do jogo se enganou. O São Paulo marcou bem o adversário e fez seu primeiro gol com o goleiro artilheiro Rogério Ceni, o sexto gol dele na temporada, sendo o segundo de falta. Curiosamente esses dois contra o Sport (o primeiro foi no 1º turno do brasileirão).
O goleiro aliás, na semana passada, foi indicado para concorrer ao prêmio de melhor jogador do mundo pela revista France Football, o famoso título da Bola de Ouro. Dificilmente o capitão tricolor irá vencer essa eleição, já que na disputa estão jogadores como Kaká, Messi, Cristiano Ronaldo, Drogba, entre outras feras. E não dá para entender como o Dunga deixa hoje o Rogério fora da seleção brasileira.

Mas o Palmeiras tratou de deixar tudo mais fácil. Empatou com o Vasco e a vantagem que era de 13 passou para 15 pontos de diferença. Como restam 15 pontos em disputa, o tricolor só precisa de mais 1 pontinho só. E o próximo jogo é contra o já rebaixado América-RN. Ou seja, era tudo do jeito que o time e a torcida queria ver: o pentacampeonato sendo oficialmente conquistado no Morumbi (ou seria MorumTRI, MorumTETRA. Não agora é MorumPENTA) provavelmente com uma vitória.
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Nada mais justo para um time que tem 71% dos pontos aproveitados. É o time que mais venceu (21 partidas, sendo 11 vitórias fora de casa), o que menos perdeu (apenas 5 jogos) e tem a melhor defesa do torneio (13 gols sofridos em até agora 33 jogos, uma média de 0,39 gol sofrido por partida). O título está em boas mãos.
Na quinta-feira tem edição especial caso o São Paulo confirme a conquista (a chance de acontecer é de 99%).
Abraços e até breve!!!
domingo, 28 de outubro de 2007
Outro capítulo de um romance policial

O senador Jerfferson Péres, relator do processo contra Renan está sendo submetido a uma série de acusações desde que aceitou relatar o processo para investigar a participação de Calheiros numa sociedade secreta, que comprou veículos de comunicação em Alagoas. Forjaram-se comentários e acusações contra o senador-relator colocando em xeque sua credibilidade e isenção.
Senadores receberam um dossiê contendo acusações e registros contra o colega amazonense Péres. Os documentos que chegaram em um envelope eram um DVD e uma folha de papel. O conteúdo exibido em 5 minutos sugeria o envolvimento do senador numa fraude financeira contra uma siderúrgica, na década de 70. Caso já utilizado antes para constrangê-lo. Diz-se que os boatos e as acusações já teriam uma provável procedência – assessores de Renan Calheiros.
Durante os últimos dias o relator do processo esteve ocupado reunindo documentos para comprovar sua inocência. Péres requisitou uma série de certidões à Agência Brasileira de Inteligência e à direção do Senado. A Abin tratou de informá-lo que nunca haviam sido realizadas apurações que pudessem tê-lo comprometido. As acusações também alcançam seu círculo familiar, ao atingirem sua esposa – como assalariada do senador – e amigos que supostamente ganhariam passagens aéreas.
Todavia, Jefferson Péres adverte, desde já, que as “acusações e comentários da tropa de elite de Renan, não vão alterar uma linha” de seu relatório. Alguns membros de Senado partilham da opinião que o dossiê é mais uma prova de que estabeleceu-se um vale-tudo para preservar o mandato de Renan Calheiros, porém o nível de baixarias foi descendo a medida que subiam as possibilidades de Renan perder o mandato. O nível de estratégia dos assessores de Renan chegou ao ápice da criação com os planos de espionagens de alguns outros senadores –

“Agora, as armas recorrentes no Senado são chantagens, ameaças e constrangimentos, utilizados as claras, sem a preocupação de ocultar autores”. – afirma outro grupo de membros do Senado. Para Renan Calheiros existe um conjunto de documentos, recibos e testemunhas mostrando que o presidente licenciado comprou na clandestinidade, usando pessoas de sua confiança – os chamados laranjas, um grupo de comunicações. O caso pode levar o senador a perder, definitivamente, seu mandato. E ainda quanto a primeira gama de acusações, referentes ao relator Péres, constatou-se que no dossiê existem impressões digitais de assessores de Renan.
Impressões digitais, acusações e clandestinidade são alguns dos elementos que compõem um relato policial. No caso dos romances da escritora inglesa, seus leitores são levados facilmente pelo enredo, pela trama e pela forma como as coisas se desenvolvem antes de serem solucionadas. Ao contrário do cenário político brasileiro, as lacunas se constroem no exato momento em que vislumbra-se a resolução dos casos.
O enredo e a trama do Senado brasileiro contam com componentes cíclicos e personagens que desconhecem quaisquer possibilidades de punições. Diferente dos leitores de Christie, os leitores brasileiros fecham seus livros para não serem obrigados – a qualquer momento – a reiniciar a leitura.
sábado, 27 de outubro de 2007
Primeiro Comando das Igrejas


sexta-feira, 26 de outubro de 2007
"O búfalo falou que é bom"

Mas não é não!! A partir dessa sexta-feira a comercialização de leites das empresas Parmalat e Calu estão proibidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Em Minas Gerais, a Vigilância Sanitária local, determinou também a proibição do produto da marca Centenário.
A Operação Ouro Branco, iniciada na segunda-feira passada, foi o que levou a descoberta do problema do leite nas três marcas. Trinta pessoas foram presas pela Polícia Federal sob acusação de estarem envolvidas em em um esquema de adulteração do leite em duas cooperativas de Minas Gerais (Uberaba e Passo Fundo). A acusação é a de que foi adicionado ao produto soda cáustica e água oxigenada.
Essas substâncias são proibidas pelo ministério da Agricultura e por mais que não causem danos à saúde são usadas para disfarçar produtos de má qualidade, obtidos em condições irregulares de higiene.

Procurados pelo Jornal O Estado de São Paulo, a Parmalat disse que não havia sido notificada pela Anvisa e acrescentou que garante a qualidade dos produtos. A Calu afirmou que retirou do mercado os lotes que teriam problemas assim que soube dos resultados dos exames.
É no mínimo estranho que uma empresa do porte da Parmalat precise dispor de artifícios ilícitos para otimizar sua produção. É um desrespeito com o consumidor e passa bem longe de uma postura ética. É um desrespeito também com a história da empresa, que durante anos, consolidou uma identidade, uma marca forte na cabeça do consumidor que hoje, ou até a semana passada, via o produto como sinônimo de tradição e credibilidade – os bens mais importante para uma marca. Fica então mais um trabalho para os deuses da publicidade que vão ter que apostar muito na memória curta do brasileiro.
Veja a relação dos lotes adulterados em http://www.anvisa.gov.br/divulga/noticias/2007/251007_5.htm
quinta-feira, 25 de outubro de 2007
"Das cinzas do desespero..."

segunda-feira, 22 de outubro de 2007
Campeão Gelado

Faltavam duas corridas para o fim do Mundial. O estreante Lewis Hamilton tinha 12 pontos de vantagem para o bicampeão Fernando Alonso e 17 para o finlandês da Ferrari Kimi Räikkönen. Tudo apontava para que o inglês da McLaren fosse o primeiro a ser campeão logo no seu primeiro ano na categoria.
Veio então o GP da China. Hamilton vinha bem até que quando seu pneu começou a desgastar, ele demorou a realizar o pit-stop e quando decidiu fazer, cometeu um erro infantil entrando muito rápido nos boxes e ficando atolado na caixa de brita. Räikkönen venceu a prova, o espanhol Alonso chegou em segundo e a vantagem reduziu para 7 e 4 pontos, respectivamente.

Na largada, o finlandês pulou para a segunda posição, o espanhol forçou e ultrapassou Lewis, deixando-o na quarta colocação. Mesmo em quarto, Hamilton seria campeão. Mas, talvez a ansiedade e a inexperiência o fez perder o título mais ganho que pude acompanhar nos meus 21 anos de vida.

No fim da reta oposta, Hamilton tentou ultrapassar seu companheiro de McLaren por fora e acabou indo parar fora da pista. Voltou em oitavo lugar e poucas voltas depois teve um problema no câmbio e despencou para a 18ª colocação.
Com isso, o “Ice Man” (homem de gelo) Räikkönen viu o título caindo em seu colo. Na segunda parada para reabastecimento, a Ferrari fez a troca de posições entre Massa e Kimi e o finlandês foi para a vitória e para a conquista do título.
Ele pode não ter sido o melhor piloto da temporada, mas soube aproveitar os erros de seus adversários nas provas finais. Nas quatro últimas corridas, ele venceu três.

Agora uma opinião minha. Talvez o título tenha ficado em boas mãos pois devido ao caso de espionagem, não só o McLaren deveria ter perdido os pontos e sim os pilotos também.
E você leitor, o que acha?
domingo, 21 de outubro de 2007
Organizações Não Governamentais sob os olhos do Senado

A CPI foi criada para investigar o repasse de recursos provindos do governo federal desde o ano de 1999. As investigações recairão sobre as ONGs beneficiadas pelos governos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, e o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT.
O relator escolhido para a comissão, o senador Inácio Arruda do PC do B – Ceará, afirmou que o número de ONGs que receberam recursos abaixo de 200 mil anuais somam mais de 7.000, o que torna a investigação impraticável. Dessa forma houve a sugestão de examinarem somente aquelas que recebem um valor acima de 200 mil. A comissão decidiu priorizar também as ONGs e Ocpis – organizações da sociedade civil de interesse público) acusadas de irregularidades e aquelas que recebem recursos vindos do exterior.
O senador Arruda ressalta ainda que esta é uma área na qual não existem um significativo número de investigações, tampouco informações relevantes para a esfera pública. Tendo em vista esse panorama, a CPI tentará preencher esta lacuna com a troca de informações com o Banco Real e a Receita Federal. Já o presidente da CPI, o senador Raimundo Colombo afirmou que o foco será a análise das relações entre o governo federal e as ONGs.
Um dos objetivos da Comissão é contribuir na formulação de leis que regulamentem a atuação dessas entidades. O que será realizado em primeira instância será o levantamento de dados e informações. Colombo ressalta a relevância de um aprofundamento na checagem de conceito e critérios de repasses, para em segunda instância, acatarem as denúncias. Colombo estima ainda que: “somente no período estabelecido pela CPI para as investigações, foram transferidos R$ 32 bilhões do governo federal para ONGs e Oscips”.
O início das atividades da CPI está previsto para a próxima semana, ouvindo técnicos do setor para explicar o mecanismo de repasse dos recursos federais às ONGs. Depois o trabalho será centralizado nas investigações de irregularidades. No entanto, a comissão já aprovou requerimentos para receber informações de órgãos que já realizaram investigações sobre ONGs – como o TCU (Tribunal de Contas da União) e o CGU (Controladoria Geral da União).
Embora, segundo as afirmações do relator Inácio Arruda de que as investigações e informações no setor são ainda precárias, existe ainda a etimologia do nome, que deve estar, nesse momento latente nos pensamentos do leitor. Tratam-se de Organizações Não Governamentais. Depois das CPIs do Mensalão, dos Correios, dos Bingos, do Apagão Aéreo, vem agora a CPI das ONGs?
Surpreende ainda mais a explanação do relator senhor Inácio Arruda sobre a impraticabilidade de uma investigação mais abrangente que esta, ou seja, uma investigação na qual se possa examinar as ONGs que contam com outras quantias de repasse do governo federal. Resta-nos preparar os ouvidos e os olhos para não surpreendermos ainda mais – não apenas com a abertura de uma inusitada CPI – como também a constatação e eclosão das checagens e investigações prometidas. Surpresa maior é claro, será se alcançarem um estágio mais avançado que os objetivos inaugurais. Aguardemos os resultados sobre o processo.

Abraços e até a próxima semana
Créditos de fotos e maiores informações: www.terramar.org.br
sábado, 20 de outubro de 2007
Pernas, pra que te quero?

A gente colocava uma carta no correio e depois ficava na expectativa da resposta, alguns dias depois tava lá o homem de bege batendo a nossa porta com uma carta na mão e nosso cachorro tentando devorá-lo vivo. Sai Rex, vai deitar!!!
Tem outro detalhe! Cachorro dá até pra identificar antecipadamente e sair correndo, afinal todos latem, tem quatro patas, o rabo fica numa ponta e o focinho na outra, orelhas em pé, principalmente quando vão atacar, tradicionalmente são muito bravos do portão pra dentro, área onde o carteiro obrigatoriamente invade só com uma das mãos pra depositar a dita cuja.
Mas os tempos mudaram, o uniforme também e o carteiro que antes só carregava cartas, passou a carregar cartões de credito, talão de cheques, toca cd, mp3, mp4, fone de ouvido, ipod, palm, lap top, aparelho celular, máquina fotográfica ou tudo isso em um aparelho só que eu sei lá o nome, entre outros artefatos da tecnologia que tanto nos fazem falta e auxiliam no desempenho de nossas básicas funções no dia-a-dia.
Passando de carteiro para estafeta de internet, uma mina de ouro ambulante para meliantes que já se especializaram em atacar esse tipo de profissional, tem até carteiro que foi seqüestrado. Diante deste quadro, os correios tiveram que tomar uma atitude radical, contratar uma empresa de segurança pra escoltar o carteiro, pois o índice de roubos a mão armada vem aumentando substancialmente.
Por outro lado extraviam-se inúmeras correspondências e o prejuízo vai além do material, pois entre artefatos tecnológicos estão também documentos e o nome de inúmeros cidadãos que esperam suas correspondências tranquilamente em suas residências sem saber que seus dados estão caindo nas mãos de indivíduos cheios de más intenções. Já se sabe que de cada quatro assaltos um acontece na periferia de São Paulo, porém o trabalho de escolta já reduziu em 30% o número de ocorrências.
Assaltos já se tornaram rotina, é tanto assalto em São Paulo que as pessoas que ainda não foram assaltadas se sentem constrangidas e desatualizadas ao assumir tal posição. Eu mesmo tenho um amigo que nunca foi assaltado e quando é perguntado a respeito afirma que já sofreu assalto pelo menos umas três vezes só pra não se sentir démodé, um verdadeiro cafona na concepção da palavra.
Enfim vou ficando por aqui, pois tenho que colocar uma cartinha no correio, tchau!!!
sexta-feira, 19 de outubro de 2007
Cenas urbanas
Jovem afirma que o segurança Marlon Balem Janke também torturou e matou seu colega no início de agosto
CURITIBA - O estudante de Engenharia de Computação L.J.S., de 20 anos, disse nesta sexta-feira, 19, que foi torturado por seguranças privados ao ser flagrado, na primeira semana de agosto, pichando um galpão abandonado em Curitiba com um amigo. Ele foi reconhecido na gravação feita no telefone celular do segurança Marlon Balem Janke, de 30 anos, acusado de ter torturado e matado o estudante Bruno Strobel Coelho Santos, de 18 anos, pego pichando um muro em Curitiba, no início do mês.
O delegado disse que L.J.S. afirmou no depoimento ser grafiteiro. "Ele e o colega entraram em um galpão abandonado e começaram a fazer grafitagem, chegou um vigia da Centronic (empresa de segurança), de moto, e depois outro. Os dois chamaram mais dois vigilantes que vieram de carro. Eles bateram nos rapazes, obrigaram a tirar a roupa e, depois, fizeram um pintar o outro com a tinta que usavam para fazer a grafitagem", descreveu Estorílio. (Estado – 19/10/2007)
Violência gratuita!
Todos os dias cenas de violência são vivenciadas em diversos locais do planeta e como na maioria das vezes assistimos a isso do conforto de nossas casas acabamos por não notar a real gravidade da situação. Sabe aquela máxima, só acontece com o vizinho, então, parece ser assim mesmo. As motivações que trazem de volta à realidade varia para cada pessoa - as vezes é necessário roubarem seu rolex... cuidado!
O homem é violento por natureza – a violência é um dos seus instintos primários por isso que a cultura com os jogos e filmes são os meios utilizados para que aquilo que não pode ser feito na vida real seja realizado virtualmente. O problema é que o instinto é muito forte e acaba por se sobressair frequentemente, por isso que a violência gratuita acontece - é divertido torturar jovens pichadores não é?! Pichar é errado não é? Então, por que não brincar com eles um pouquinho? Dessa forma a violência para o praticante é justificada. O comentário abaixo foi feito no site do Estadão no dia 20/10/2007:
“Pichadores do patrimonio alheio
Nada justifica essas barbaridades que foram feitas com esses rapazes mas o que ninguem questionou ainda é o que eles estavam fazendo dentro de um patrimoio alheio. Falta educação. Eu não disse instrução eu disse educação.Educação não se aprende na escola se aprende em casa é o que está faltando para esses rapazes e outros milhares que fazem as mesmas coisas inclusive a esses vigilantes também. É o que eu sempre digo: eduque seu filho em casa para que ele não precise ser reprimido pela polícia, vigilante, professor etc.. etc”..
Levino
Para ver a matéria e o comentário: http://www.estadao.com.br/geral/not_ger67619,0.htm
quinta-feira, 18 de outubro de 2007
Mais comum que pizza
Se os alunos universitários aprovarão a idéia, não sabemos. Os bancos provavelmente serão contra.
A nova campanha da United States Public Interest Research, uma organização de defesa do consumidor (em outras palavras, o Procon deles), pede às universidades americanas que limitem os postos de agências financeiras ao longo dos campus.
Seu argumento: os estudantes dificilmente resistirão às agressivas campanhas publicitárias destas agências (que oferecem brindes como frisbees, camisetas, canetas e outras “vantagens”) e (SIM!) abrirão uma conta bancária que lhes dará direito a um cartão de crédito, mesmo que não possam pagar por ele (ou pagar as contas feitas com ele).
Nos Estados Unidos, cerca de 25% dos universitários possuem um cartão de crédito graças a campanhas como essa. E os números não devem ser tão diferentes aqui, no Brasil, onde conta universitária é quase um brinde: basta passar no vestibular e se matricular, que o estudande ganha uma.
Para quem desejar ler a matéria completa do New York Times:
http://www.nytimes.com/2007/10/17/education/17credit.html?ref=education
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
A fúria dos dólares
Comecemos pelas estradas, local muito visitado pelos brasileiros nos feriados. Na ultima semana, enquanto todos os tupiniquins aproveitavam os festejos da padroeira da nação, a empresa espanhola OHL Brasil dominou os editais para a privatização de 2.078 quilômetros da combalida malha rodoviária nacional. Em extensão, passou a ser a maior concessionária do setor. No entanto, a CCR (Companhia de Concessões Rodoviárias) continua a ser líder no trafego e receita. “Curiosamente”, neste consórcio da OHL, está uma empresa chamada BRVias,que tem a família Constantino (dona da Gol) como uma de suas acionarias. Nenê ficará responsável por um trecho da BR 153 (parte de São Paulo), que liga o Pará ao Rio Grande do Sul (4ª maior rodovia do país). Só aqui, na majestosa nação latina, o dono da empresa que causou uma tragédia aérea vence uma concorrência de estradas.
As empresas consideradas vencedoras foram aquelas que ofereceram o menor preço de pedágio. O tempo de concessão dos trechos é de 25 anos. Neste período, é possível melhorar consideravelmente a qualidade das estradas, como também é possível assaltar os cofres públicos (como acontece desde 1500) com obras fantasmas e espirituais. Grande Brasil, gigante adormecido!
Outro assunto é o recorde da remessa de dólares ao exterior. Segundo o Banco Central, de cada 10 dólares que adentraram o gigante latino, seis foram enviados para o exterior durante o período de 2003-06, o triplo registrado se comparado ao segundo mandato de FHC (1999-2002), quando ocorreu a maxidesvalorização do real.
Ainda de acordo com o BC, no 2º mandato FHC, houve investimentos da grandeza de 100 bilhões de dólares e uma remessa de 20 bilhões. Já no 1º governo do nosso querido guia esquerdista, tivemos 62 bi de investimentos e 37,8 de remessas. Lula, o paraíso dos banqueiros. Em 2007(até agosto), já deixaram o Brasil, 11,7 bilhões de dólares, 31% a mais do que no mesmo período do ano passado. No entanto, os investimentos estrangeiros tiveram alta de 161% neste 1º semestre em relação ao mesmo período de 2006.
Especialistas dizem que esta alta remessa se dá em razão dos fortes investimentos feitos no 2º mandato de FHC. Agora seria uma espécie de “hora da colheita dos frutos” do caminhão de dinheiro que a potências colocaram por aqui. Lucros altíssimos, remessas cada vez maiores, dólar se desvalorizando (essa é a hora de conhecer Mickey Mouse), investimentos pesados e o país aí, sem rumo certo no mundo. E Lula? Querendo fazer alianças econômicas com a África e a Bolívia. Grande presidente...
terça-feira, 16 de outubro de 2007
Castração Química

Olá leitores do Enfoca, estou aqui de novo falando sobre um tema polêmico. A castração química é um assunto que precisa da nossa atenção e reflexão , e é por isso que estou falando sobre isso aqui no blog.
A castração química é uma injeção de hormônios femininos para diminuir o desejo sexual de pedófilos, usada pelo Ambulatório de Transtornos de sexualidade da Faculdade de Medicina do BC, em Santo André.
O psiquiatra Danilo Baltieri disse que usa o método quando os doentes lhe pedem ajuda e assinam um termo de consentimento. “Ou faço isso ou farão sexo com crianças”, diz o doutor Danilo em entrevista ao Estadão.
O senador Gerson Camata, do PSDB do Espíto Santo, já propôs no Congresso a castração química como pena para crimes sexuais, mas Baltieri criticou esse projeto. “A questão não é de punição, é de tratamento”, defende Baltieri.

Antônio Everton de Souza, integrante do Conselho estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana e das Comissões de Direitos Humanos e de Política Criminal e Penitenciária da Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo, é contra essa prática mesmo que o paciente autorize. “É uma violação, a pessoa não pode cometer algo contra ela mesma. E não dá para despotencializar uma pessoa com o entendimento de que ela vai estuprar” disse. “É como o aborto, não adianta a pessoa conceder a autorização se o aborto é proibido no país.”
Mas já ouve e-mails de muitas mulheres pedindo que a medida também fosse aplicada a estupradores.
De um lado há as pessoas que sofrem com agressões, seja estupro, seja pedofilia, e do outro há os Direitos Humanos. Mas o que fazer se uma pessoa vive atormentada por saber que o ela faz é errado, e mesmo assim não consegue se controlar. Não seria errado advogados julgarem isso

Quem somos nós para medir ou julgar o tamanho do sofrimento de uma pessoa? As pessoas que procuram essa alternativa não são presos, alguns estão respondendo processos, outros foram pedir ajuda por vontade própria. É diferente de alguém que não quer ser ajudado.
Um abraço a todos e até a próxima terça!
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
A África do Sul é logo ali!!!

Bom, mas vamos ao que interessa. A frase que está no título você deve se lembrar muito bem quando aconteceu. O apresentador Fernando Vanucci, após a conquista da quarta Copa do Mundo pelos italianos, estava um pouco alterado e não falava nada com nada. De repente soltou essa celebre frase: “A África do Sul é logo ali” (se referindo a Copa de 2010 que se realizará no país africano).
E, ontem, 14 de outubro de 2007, Dunga e seu selecionado começaram a caminhada rumo ao Mundial em Bogotá contra a Colômbia. Não assisti a partida, mas pude notar pelos comentários da imprensa que o jogo foi muito, mas muito fraco.

O Brasil deu apenas dois chutes ao gol (Ronaldinho no 1º tempo e Mineiro no 2º tempo). Graças ao goleiro Júlio Cesar (meu Deus!!!!! Finalmente o Dunga não colocou o Doni!!!!), a seleção européia de futebol brasileiro (meu amigo e participante deste blog, Donizeti Parucci, prefere chamar o time do Brasil assim), empatou em 0 a 0 e trouxe um ponto de Bogotá.
É verdade que alguns fatores atrapalharam a seleção: o campo pesado devido à chuva que caiu antes da partida; a altitude, que sempre dificulta o rendimento normal dos atletas; e até bola murcha. O goleiro Júlio Cesar reclamou da bola pois por ela estar mais vazia, fazia mais curvas nos chutes de longa distância e a baixa resistência do ar contribuía para isso também.
Mas segundo seus principais jogadores como Kaká e Ronaldinho Gaúcho, o Brasil ficou muito abaixo do bom futebol que eles mesmos sabem que podem jogar.
Acredito eu, que o Brasil não terá dificuldades em classificar para a próxima Copa. Espero que a seleção apresente um futebol mais consistente na quarta contra o Equador no Maracanã e consiga sua primeira vitória nas Eliminatórias.

Mas vamos lá Brasil!!! A África do Sul é logo ali!!!
Até a próxima semana!!!
domingo, 14 de outubro de 2007
¡ El poder brasileño !

No entanto tudo indica que o presidente está construindo um caminho, em sua concepção seguro, já que sua popularidade alcança índices de 65%. Todavia León explica que a Venezuela é a base de um projeto continental. Transladando fronteiras, pesquisas realizadas em território brasileiro indicam que a aprovação do desempenho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva caiu de 64%, em junho, para 61,2%, em outubro, de acordo com a pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta segunda-feira.

sábado, 13 de outubro de 2007
Não é comigo!

Para nós civis o perigo é velado, por vezes passamos por ele e nem sabemos que ele passa por nós, mas vivemos a paranóia por mais indireta que ela possa ser. Já para policiais, ele é evidente e seu revide é uma questão de tempo. Ser guardião da paz coletiva é mesmo muito difícil diante do cenário em que vivemos. Atuando em uma profissão sem valor, diretamente exposta ao perigo constante, tendo como maior obrigação, reconhecer esse perigo e interagir com ele.
É impressionante como as pessoas estão passivas ao caos reinante e se esquecem que, dentro da farda existe um cidadão exposto a conflitos, colocando sua vida na mira de outros cidadãos também agredidos por um sistema mesquinho. Quando olhamos o outro como uma ameaça, anula-se qualquer possibilidade de identificação e este passa a ser apenas um inimigo, nada mais que isso.
A partir deste momento a palavra nação perde seu significado, entra em prática a política do “não é comigo”, já muito conhecida, afinal presenciamos este comportamento todos os dias, veja o lixo nas calçadas, a fila do ônibus, no elevador ou nas pessoas que se pisoteiam no entra e sai do metrô em horário de pico. Na indiferença de uma elite blindada, vigiada por câmeras de vídeo, tentando se excluir do mundo real vivendo a sombra de bucólicas árvores em condomínios artificialmente projetados para ser a materialização de um universo perfeito, um oásis de satisfação.
Diante desta falta de indignação, sempre me vem à mente um personagem folclórico do carnaval de Pernambuco, “O boneco de Olinda”. Misturado ao povo, grande em seu simbolismo, porém oco, comandado por outro, braços soltos, batendo suas mãos enormes e desgovernadas nas cabeças daqueles que estão abaixo de sua grandeza, com olhar perdido, indiferente, sem sentido e vazio.
sexta-feira, 12 de outubro de 2007
And the Nobel goes to...

Depois de receber o Oscar 2007 de melhor documentário com o longa “Uma verdade inconveniente”, o ex vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore foi contemplado com o Prêmio Nobel da Paz. O anúncio feito nessa sexta-feira pelo Comitê do prêmio em Oslo, Noruega, justificou-se pelo objetivo de “chamar a atenção do mundo para a ameaça representada pelo aquecimento global”.
O prêmio Nobel da Paz tem uma particularidade - pode ser atribuído a pessoas ou organizações que estejam envolvidas num processo de resolução de problemas, em vez de apenas distinguir aqueles que já atingiram os seus objetivos em alguma área específica. Por isso que Gore e o IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) são os vencedores do Prêmio Nobel da Paz 2007.
O interesse de Gore pela questão ambiental vem de longa data. Em 1991 em seu livro "Terra em Balanço: Ecologia e o Espírito Humano", o democrata já falava sobre as grandes mudanças ecológicas necessárias para enfrentar o século 21.
Devido “seus esforços na construção e disseminação de maior conhecimento sobre as alterações climáticas induzidas pelo homem e por lançar as bases necessárias para inverter tais alterações” é que o prêmio foi destinado a Gore e ao IPCC.
O trabalho da organização intergovernamental, presidida pelo indiano Rajendra Pachauri, foi estabelecido para fornecer informações científicas, técnicas e sócio-econômicas relevantes para o entendimento das mudanças climáticas. Por isso, nos últimos anos, e sobretudo em 2007, teve um papel muito importante para a causa ambiental.
Execelente escolha do Instituto Nobel afinal se hoje estamos dando a devida importância para o meio ambiente é devido o trabalho de pessoas realmente engajadas. Politicagem? Talvez. Que venham mais manobras politicas assim.
Perfil: Albert Arnold Gore Jr.
(Washington, 31 de Março de 1948) é um político estadunidense que foi vice-presidente durante a administração de Bill Clinton, entre 1993 e 2001. É membro do Partido Democrata. Em 2000 concorreu à presidência dos Estados Unidos e perdeu, em uma eleição marcada por contagem polêmica dos votos, para George W. Bush, apesar de ter tido mais votos populares.Em 2006, lançou An Inconvenient Truth (Uma Verdade Inconveniente), documentário sobre mudanças climáticas, mais especificamente sobre o aquecimento global, o qual se sagrou vencedor do oscar de melhor documentário em 2007. Al Gore é um ativista ecológico, tendo escrito dois livros, A Terra em Balanço: Ecologia e o Espírito Humano (Augustus, 1993, 452 páginas) e Uma verdade inconveniente (Manole, 2006, 328 páginas). Em fevereiro de 2007, Al Gore e o presidente da empresa Virgin, Richard Branson, lançaram uma competição que dará 25 milhões de dólares (cerca de 18 milhões de euros ou R$ 50 milhões) para o cientista que apresentar a melhor proposta para 'limpar o ar' do planeta, ou seja, diminuir as quantidades de dióxido de carbono na atmosfera.
Fonte: winkipedia.com
quinta-feira, 11 de outubro de 2007
O verdadeiro alvo
Coincidência ou não, hoje a Government Accountability Office, uma agência do Congresso, liberou o resultado de um estudo onde foram examinadas 10 mortes de adolescentes internados em centros de tratamento. Nestes lugares, os jovens eram induzidos a rigorosos e – obviamente – antiéticos e negligentes métodos de reeducação comportamental.
Estes dois acontecimentos não são fatos isolados. Estão claramente ligados à questão/problema de se educar jovens em um mundo violento e tão desligados de valores éticos e morais. E, também, do tratamento dado aos adolescentes infratores ou fora do comportamento social considerado normal
No Brasil, as instituições governamentais responsáveis pela reeducação desses jovens viraram piada há muito tempo, principalmente pela falta de apoio e consideração dada pelo Estado ao problema. Aparentemente, o exemplo brasileiro é também seguido nos Estados Unidos. Quando descoberta alguma irregularidade com o tratamento dado aos adolescentes internados, a justiça americana puni levemente ou, simplesmente, não aplica nenhuma punição aos responsáveis por estas clínicas e centros médicos.
De pouca ajuda, também podemos citar a mídia. Nos meios de comunicação, criou-se o mau-hábito de estereotipar os jovens que comentem estes tipos de assassinatos como “loucos, desequilibrados, com sérios problemas de conduta e anti-sociais.” Isso quando, talvez, ela própria seja uma das maiores incentivadoras destas tragédias, com suas insistentes propagandas que convidam, tanto os jovens quanto seus pais, aos vícios do fumo, álcool, pornografia, desrespeito aos pais e violência.
A verdade, entretanto, é que tudo tenderia a ficar mais fácil, se o verdadeiro epicentro do problema fosse tratado com mais cuidado: a família.
“O marido e a mulher têm a solene responsabilidade de amar-se mutuamente e amar os filhos, e de cuidar um do outro e dos filhos. ‘Os filhos são herança do Senhor.’ (Salmos 127:3) Os pais têm o sagrado dever de criar os filhos com amor e retidão, atender a suas necessidades físicas e espirituais, ensiná-los a mar e servir uns aos outros, guardar os mandamentos de Deus e ser cidadãos cumpridores da lei, onde quer que morem (...) A felicidade na vida familiar é mais provável se ser alcançada quando fundamentada nos ensinamentos do Senhor Jesus Cristo. O casamento e a família bem-sucedidos são estabelecidos e mantidos sob os princípios da fé, da oração, do arrependimento, do respeito, do amor, da compaixão, do trabalho e das atividades recreativas salutares.”
Fonte: A Famímia: Proclamação ao Mundo – A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
quarta-feira, 10 de outubro de 2007
Na mão de poucos
Com essa união, Real e Santander, que ocupavam, respectivamente, o 5º e 7º lugar no ranking das maiores instituições financeiras tupiniquins, agora o consórcio se tornou o 3º maior conglomerado no ramo (ultrapassou o Itaú), tendo à frente Bradesco (2º lugar) e Banco do Brasil (1º lugar). É a posição mais alta na classificação já atingida por bancos estrangeiros.
Com esta aquisição, o Santander deve conquistar 15% do mercado na América Latina.
O mercado de bancos no Brasil se torna cada vez mais apetitoso para os grandes magnatas financeiros. No setor de crédito (em forte expansão no mundo todo), o país praticamente engatinha. No peso da economia brasileira representa apenas 33% do PIB, contra 60% dos emergentes e mais de 100% dos desenvolvidos. Brutal diferença, não?
O grande lance do sistema bancário brasileiro era a cobrança dos juros altíssimos. Eram os ovos de ouro da galinha. Com a queda dos juros, obviamente o lucro (característica básica do sistema capitalista) tinha de vir de outro lugar. Encontrou-se então as temidas taxas bancárias ou de “administração”, como queiram. Segundo a consultoria Austin Rating, os bancos faturaram apenas no 1º semestre deste ano com a cobrança de tarifas, a bagatela de 23,2 bilhões de reais. Mais do que o suficiente para cobrir a folha de pagamente de seus funcionários.
O grande temor de tudo isso, é que o crédito fique restringido à poucos poderosos, donos de impérios financeiros construídos a partir de privatizações nebulosas. Bem-vindo ao Brasil, caro leitor. O paraíso das falcatruas.
Com um mercado tão grande para ser explorado e ao mesmo tempo tão concentrado, os juros, tarifas, acontecerão de acordo com o que quer o “cartel da gravata”, eliminando o sistema da concorrência. Palavra que ultimamente só aparece quando procuramos emprego. A propósito, o desemprego vem caindo mesmo como o governo vem afirmando? Meu faro razoavelmente aguçado diz que não. Mas isso é outra história.
O importante é sentarmos em frente da TV (de preferência a Globo), desligar nossos cérebros por uma hora que seja, e sonharmos que estamos em outro lugar. Porém, vocês irão acordar e vão perceber que ainda estão na pátria amada. Bons sonhos.
terça-feira, 9 de outubro de 2007
Guerra urbana nas telas

Capitão Nascimento é o narrador e personagem principal do filme, interpretado pelo ator Wagner Moura. O filme mostra a busca de Nascimento por um substituto, pois ele está prestes a ter um filho e quer sair do Bope - Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar - para não estar envolvido com tantos riscos.
Um dos possíveis substitutos, o novato André Matias, está inserido num núcleo bem interessante. Ele é estudante de direito, e esconde de seus colegas que é policial, colegas esses que, por um lado, são totalmente contra a violência policial, mas por outro, compactuam com os bandidos de quem compram drogas. Alguns deles fazem trabalho comunitário na favela e estão bem próximos da realidade dessas pessoas. Vêm de perto o que passam na mão dos traficantes, mas ainda assim compram drogas.
Esse é um ponto de vista interessante, pois esses “playboyzinhos” que sustentam o crime, se escondem por trás de passeatas pela paz, para mostrar suas boas intenções e justificar seus atos.

“O usuário recreativo sabe que as drogas que ele compra vêm de grupos armados que controlam comunidades carentes. Ele faz uma escolha consciente de sustentar o crime. Não há como argumentar contra esse fato”, diz o diretor do filme, José Padilha, em entrevista a Veja.
Além disso, o filme mostra a realidade desses policiais treinados para serem irredutíveis, eles não tem contato com a população, para não ter a chance de pedir propina, e são muito violentos. Ameaçam moradores do morro, espancam e matam pessoas que trabalhem no tráfico.
Muitas denúncias por parte da população carioca não são de corrupção por parte dos policiais, mas sim de abuso de poder. Vemos isso sempre, quando um policial manda as pessoas fazerem coisas, muitas vezes, descabidas só porque estão fardados. Coisas que talvez não fizessem se não estivessem sem o “objeto de poder”, no caso a farda.
segunda-feira, 8 de outubro de 2007
Timão, na raça e no coração

Há duas semanas atrás, escrevi aqui mesmo no blog um artigo com o seguinte título: “Sem técnico, sem time e sem parceria”. Nelsinho Baptista veio para comandar o Timão. O time continua com um elenco limitadíssimo, um dos piores dos últimos 10 anos (o torcedor, antes, vibrava com Marcelinho, Ricardinho, Vampeta – em boa forma – Dida, Tevez; hoje se contenta com Zelão, Moradei, 3 Évertons e companhia limitada). A parceria ainda dá o que falar nos bastidores e estão sem presidente (haverá eleições amanhã, dia 09/10).
Mas com tudo isso contra e na zona de rebaixamento, o alvi-negro entrou em campo ontem no Morumbi disposto a vencer para diminuir a crise, fazer as pazes com a torcida e derrubar um tabu que já durava mais de 4 anos e meio sem ganhar do São Paulo.

Os dois times se preocuparam muito em marcar tanto que o São Paulo entrou com quatro zagueiros, mesmo que um deles, André Dias, atuou de volante e o Timão, não assustou o goleiro Rogério Ceni durante todo o jogo.
Rogério Ceni, aliás, sentiu uma contusão e continuou no campo por causa da falta de ofensividade da equipe adversária. No único lance perigoso do Timão, Gustavo Nery bateu a falta, o zagueiro Fábio Ferreira escorou e Betão de cabeça fez a alegria da Fiel.
domingo, 7 de outubro de 2007
Raciocínio lógico da República

O presidente Lula, durante toda a coletiva, embasou seu discurso explicativo em uma série de afirmações que segundo o raciocínio lógico de sua república, lhe pareciam, indubitavelmente coerentes.
“O Brasil não pode ter medo de arrecadar mais”. Para os leitores vale uma explicação mais detalhada acerca do trabalho jornalístico em momentos como esse. Vale a pena entender que o trabalho jornalístico é composto de gêneros e técnicas distintas, porém assim como é ensinado na própria academia, um desses gêneros é o chamado jornalismo declaratório, no qual, o texto se desenvolve a partir de declarações das fontes. E, segundo a jornalista política da Folha de São Paulo – Renata Lo Prete – apenas no jornalismo político as declarações são consideradas fatos.
É possível agora entender, ou até mesmo, atribuir valor mais significativo em relação as afirmações do presidente Lula, que foram além. Explicou ainda em discurso, que o mal do Brasil é que durante muito tempo ele arrecadou menos e que precisa arrecadar o justo para fazer a política social justa. Daí seu pressuposto que o CPMF se trata de um tributo justo.
Todavia, com as diversas manifestações surgidas, Lula preferiu lembrar alguns de seus pontos favoráveis para os ouvintes, como o fato do governo ter desonerado 32 bilhões de reais no ano de 2006. Declarou ainda que “as pessoas se esquecem com muita facilidade as coisas que fizemos”. Em legitimação, citou a Lei Geral recém-aprovada da Micro, Pequena e Média Empresa, que vai gerar um novo tipo de pagamento de imposto, que conta com outra desoneração em 5 bilhões de reais.Baseado nesse tipo de fato e argumentação o presidente afirma que acredita na aprovação da CPMF pelos parlamentares.
Para completar a sucessão de pensamentos díspares criticou a conduta da população sobre a mania de esquecer aquilo que já foi feito e pensar apenas naquilo que pode acontecer. Neste caso caberia o confronto de idéias, uma diz respeito à máxima popular na qual, “águas passadas não movem moinhos” e a outra em relação a inconveniência para o senhor presidente em recordar à população sobre assuntos políticos passados, afinal as recordações acerca do escândalo político que engoliu seu partido em 2005.
Assim, vale um pesar mais detalhada na elaboração do discurso, para que situações como estas não fiquem tão evidentes para a população. Afinal Lula deseja estimular o espírito crítico do país, provocando-o ou deseja recentralizar os olhos da opinião públicas para “as coisas que as pessoas se esquecem com facilidade que nós fizemos” ?
Em nota da imprensa:
O assunto da primeira postagem da editoria de política do Enfoca tratou da ausência de manifestações políticas da sociedade contra situação de inércia do Senado, porém foi noticiado na semana passada, pela Revista Veja, uma passeata que aconteceu na zona Sul do Rio de Janeiro em protesto contra impunidade e com pedido de saída de Renan Calheiros da presidência do Senado. A manifestação contou com a participação de 300 estudantes. Quem sabe os leitores que comentaram tenham razão e a própria função da Crise do Senado seja o plantio da semente de indignação?
sábado, 6 de outubro de 2007
Tropas e Caldeirões
Com poucas alternativas, a periferia pouco consegue reverter esta situação. As alternativas que lhe restaram foram se jogar nos braços da igreja, na esperança de ter seu paraíso pós-morte, ou se jogar nos braços dos líderes criminosos, que pela ineficiência do Estado, tornam-se governantes das terras sem- lei.
Na semana passada, um polêmico artigo do apresentador Luciano Huck publicado pelo jornal

Luciano foi feliz em sua defesa. Não se mostrou como um rico insensível, que vive no seu mundo de celebridade, e de milhões de dólares. Ele simplesmente se mostrou como um cidadão, que independentemente de sua posição social, sabe que o país passa por sérios problemas.
E para af

Ambos os casos, atingem diferentes camadas. O primeiro publicado em meios de mídia elitizados como um jornal e uma revista semanal, atingiram públicos de alto escalão. Já o segundo, com milhares de cópias piratas dissipou-se pelo restante das classes sociais.
Enfim, todo os “Brasis” estão no centro do debate, mas possui duas alternativas: ou viveremos este momento como mais um ou usaremos o “hoje” para desenvolvermos medidas práticas de mudanças. O fim desta novela sanguinária depende de cada um dos brasileiros, quer ricos, quer pobres.
sexta-feira, 5 de outubro de 2007
Index infantil: em prol de um mundo cor-de-rosa

Happy Ending Foundation. Essa é a associação inglesa que no fim desse mês realizará uma “fogueira dos livros maus”, queimando os livros infantis que não tenham finais felizes.
Segundo a Folha de são Paulo os pais integrantes da associação consideram que “a vida já submete as crianças a amarguras e coisas feias demais e, por isso, é preciso protegê-los contra as histórias deprimentes”. A entidade se esforça também para angariar novos adeptos a campanha e convida escolas e bibliotecas a queimarem seus livros “subversivos”.
Finais tristes ou apelo erótico, o que é “melhor” para as crianças? Afinal, estudos da psicologia já analisaram com exaustidão o conteúdo de Chapeuzinho Vermelho por exemplo, encontrando inúmeros símbolos eróticos implícitos que causam efeitos no inconsciente dos pequenos.
E o que dizer dos desenhos da Disney e Dreamworks – todos seguem a mesma linha, apresentando enredos dramáticos e fortes, com símbolos, trocadilhos e recursos metalingüísticos e intertextuais que apresentam duplo sentido. Os adultos entendem, as crianças reproduzem.
Um exemplo é o desenho Madagascar que, em algumas cenas, dialoga com “Náufrago” e “Beleza Americana”. Uma tática que funciona – pais e crianças se divertem cada qual com percepções diferentes.
Que criança não “sofreu” ao ver ao pai do Simba morrer ou o Dumbo fazer papel de ridículo vestido de palhaço, sem sua mãe. Sem falar nas maldades executadas pelas bruxas malvadas que apelam até para o homicídio. Mesmo assim são clássicos, que as crianças assistem mil vezes e repetem, e choram, e riem, e cantam. É saudável tanto quanto as leituras “subversivas”.
Queimar livros é uma pratica medieval, um desrespeito. Cabe a cada pai, por meio de uma leitura prévia, fornecer ou vetar a leitura de seus filhos, e não fazer campanhas destrutivas.
quinta-feira, 4 de outubro de 2007
Governo americano na Internet
Em funcionamento desde a última quarta-feira (03/10/07), o blog do Departamento de Estado Americano convida o público a se informar e - isso mesmo! - discutir assuntos relacionados a política externa, sem apelar para a linguagem diplomática.
"DIPNOTE", como foi intitulado, faz referência a uma nota diplomática que governos utilizam para comunicarem-se entre si.A idéia é boa. Vários tópicos que estão sendo discutidos nestes pouco dias de funcionamento e que podem vir a ser tratrados no futuro, por mais constantes que sejam na mídia, não são de fácil entendimento para o grande público, seja ele americano ou não.
Preocupa, etretanto, o uso indevido destas informações e discussões. Como jornalistas, reconhecemos o alto potencial do blog na sugestão de pautas ou, simplesmente, como fonte. Mas esperamos que o famoso "Ctrl C, Ctrl V" sejam desde já descartados.
Aos interessados, vai o endereço:
Entre matérias produzidas para o blog, comentários e fotos, também está disponível um excelente arquivo de vídeos.
quarta-feira, 3 de outubro de 2007
Brasil chegou no máximo de sua indústria?!?!
Capacidade instalada quer dizer o potencial que uma indústria pode produzir com suas máquinas atuais sem necessidade de aumento de preços. Quanto menor o índice, maior a possibilidade de atender a demanda sem causar aumento de preços.
No mês de setembro, a capacidade instalada ficou em 86,1%, perto dos 87% de janeiro de 1977, maior patamar até agora.
Especialistas afirmam que não é necessário ter medo pois os investimentos em diversos setores da economia brasileira estão sendo feitos. Será?
Entidades como FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) na maioria das vezes em que é divulgado algum dado sobre a economia nacional, reivindicam algo. Na maioria das vezes, mais investimentos. Não me parece que os “tais”investimentos estão sendo feitos.
O país patina no céu de brigadeiro que é a situação econômica mundial. Poucas crises atingiram o governo Lula. Ele mesmo assim, mais uma vez, perde uma chance de ouro.
A briga no Planalto entre Guido Mantega (Fazenda) e Henrique Meirelles (Banco Central) não tem prazo para acabar. O 1º é favorável a um desenvolvimento maior para o país. Este “desenvolvimento”não faz nem cócegas para o verdadeiro estágio que precisamos atingir caso, um dia remoto, o Brasil se tornar um país sério.
O aumento desta capacidade instalada pelo simples fato do aumento do salário mínimo e da banalização do credito (hoje qualquer um poder ter dinheiro emprestado do banco, usando o desconto em folha de pagamento; crédito consignado). Isto, não precisa ser nenhum doutor pela Universidade de Chicago (uma das mais prestigiadas na área de economia do planeta) para descobri que obviamente aquecerá a indústria e por conseqüência, a capacidade instalada. E isto está longe de se dizer que a o país está num patamar considerado de desenvolvimento. Nosso caminho é muito longo para chegar até este nível, se um dia chegarmos.
Não tenham medo meus amigos. Não creio que o “gigante adormecido”acordará tão cedo. Enquanto isso, nós crescemos mais que o Haiti.
“Ó Pátria amada, Idolatrada, Salve! salve!”
terça-feira, 2 de outubro de 2007
1ª Biblioteca Mundial terá contribuição do Brasil


