Meus conhecimentos no assunto, que não são muitos, vem principalmente de muitas leituras de cadernos sobre e tema na tentativa, muitas vezes em vão, de entender o tão temido “economês”. Espero poder ajudá-los em alguma coisa.
No mês, até agora, os fatos mais importantes do mundo da economia foram a divulgação da ata do COPOM (Comitê de Política Monetária) e da reunião do FED (Federal Reserve, o Banco Central dos EUA) a qual definiu os juros americanos.

Começando pelo caso tupiniquim, notou-se a tamanha ortodoxia dos membros da reunião que são responsáveis pela política econômica brasileira. Com uma queda de 0,25%, os juros foram para 11,25% ao ano, longe ainda de ser uma taxa ideal. Também percebeu-se que desde setembro de 2005, a taxa caiu 8,5 pontos percentuais. No entanto, parece que a maré de boa vontade de Henrique Meirelles e companhia parece ter chegado ao fim. Na última ata da reunião do COPOM, ficou registrado que todos os membros do organismo concordaram na tímida redução e que no próximo encontro ( 16 e 17 de outubro) é provável que o ciclo de cortes tenha acabado. A razão para isso é o medo que a “grande” economia brasileira cresça e cause uma inflação nos moldes do governo Sarney (1985-1988). Alguns economistas acham que a precaução é válida e outros dizem que é um medo excessivo. Na opinião do colunista, o Brasil, pelo menos há uns 12 anos, não entra em um ciclo sustentável de crescimento econômico. Muita ortodoxia para nós, índios da América Latina.

O mercado estava temeroso com esta reunião devido a crise que causou um “soluço” no mercado de ações, principalmente o de crédito suprime ( neste caso, empréstimos imobiliários para pessoas com históricos de mau pagadores).
Com o relativo sucesso da economia mundial nos últimos anos, houve um excesso de confiança na durabilidade desta onda favorável. Com o tempo, ficou claro que é preciso ter muito cuidado para não cairmos novamente em “bolhas” de especulação.
A decisão de Bernanke foi acertada, a meu ver, pois com isso, pode-se esperar um dinamismo maior tanto na economia do Tio Sam como na do mundo.
É interessante explicar para o leitor que os EUA são considerados o investimento mais seguro do mundo. Quando eles aumentam os juros, seus papéis ficam mais valorizados que os demais e isso acaba atraindo mais dinheiro para o mercado local. No caso inverso, o apetite dos investidores volta para o mercado mais turbulento ( Brasil, Turquia, etc) que não tem as estruturas sólidas americanas, porém, oferecem um retorno de lucro maior, o motor da economia moderna. Uma pena.
Vou ficando por aqui.
Abraços e até a próxima semana.
2 comentários:
Oi Luís, devo dizer que seu texto ficou muito bom!!!
Parabéns, gostei mesmo. Você conseguiu descomplicar um pouco o economês.
Um abraço.
Parabéns Luiz, seu texto tá muito legal...Quando eu crescer quero entender um pouquinho de economia assim como você!!!
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