quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Algumas palavras sobre Educação e Segregação


Pouco mais de uma semana após o jornal The New York Times publicar um artigo a respeito do remanejamento de alunos negros para escolas de baixa qualidade em Tuscaloosa, Alabama, o pré-candidato democrata à presidência dos Estados Unidos, John Edwards, anunciou como proposta uma inspeção ao sistema educacional americano e criticou duramente a chamada lei “No Child Left Behind.” Segundo ele, a lei não estaria trabalhando e crianças pobres ainda estariam sendo enviadas para escolas ruins.

Em Tuscaloosa, o problema virou pauta quando pais brancos reclamaram da superlotação das escolas e centenas de alunos tiveram a transferência realizada. Autoridades educacionais da região apenas dizem que a medida não se tratou de uma questão racial, mas “de utilizar os prédios [escolares] da melhor maneira possível.”

Acontece, entretanto, que a decisão é contrária à lei “No Child Left Behind.” Aprovada em 8 de janeiro de 2002, a lei defende, entre outros aspectos, uma maior flexibilidade para os pais escolherem onde seus filhos estudarão. Ela foi enviada à House of Representative (uma das duas câmaras do Congresso dos Estados Unidos; a outra é o Senado) pelo presidente Bush e teve como um dos assinantes o então senador John Edwards.


A segregação racial nos Estados Unidos não é novidade. Principalmente no Alabama. Em 1963, o Governador George Wallace tentou impedir dois afro-americanos, Vivian Malone e James Hood, a matricularem-se na Universidade do Alabama e só cedeu por intervenção de John Kennedy, presidente na época. Wallace morreu em setembro de 1998, mas reconheceu muito antes, em 1974, que a segregação havia sido um erro. Atualmente, aproximadamente 75% do sistema escolar do Alabama é negro.

Embora diga não saber como George Bush pretendia conduzir a lei quando a aprensentou, Edwards sabe que "No Child Left Behind" ainda é uma das grandes esperanças que diversos grupos sociais, não somente negros, têm para defenderem seu direito a educação de qualidade.


Para maiores informações, as duas reportagens que deram origem a este post estão disponíveis no site do New York Times e podem ser acessadas pelos seguintes links:

http://www.nytimes.com/2007/09/17/education/17schools.html?ref=us

http://www.nytimes.com/2007/09/22/us/politics/22edwards.html?_r=1&ref=education

Sobre a segregação, visite o site:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Segregação

http://en.wikipedia.org/wiki/Racial_segregation

Um comentário:

Anônimo disse...

Ae Ewerthon!!

Mto boa a discussão!! O preconceito é algo muito sério e infelizmente deverá ser difícil acabar com ele. Isso faz mto mal para o homem.

Vlw!!!
Renan