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Nesse sentido, enquanto os ares de Brasília se tornam mais tênues, o governo de São Paulo discute novas propostas para o estado. Segundo a proposta de orçamento enviada sexta-feira por José Serra ao Legislativo paulista áreas de transporte e saneamento básico serão cotadas para receber mais da metade do investimento previsto pelo governador.
O investimento nos setores gira em torno dos 6,3 bilhões dos 11,6 bilhões destinados aos investimentos. Todavia, é relevante ressaltar que para entrar em vigor, o orçamento para o ano que vem, deve passar pelo crivo da Assembléia Legislativa, e ainda, deve ser aprovado por 48 parlamentares, no dia 31 de dezembro.
O governo define que as medidas serão destinadas às áreas sensíveis da população, como o transporte público e o saneamento básico. Na primeira, as mudanças serão: recuperação de estradas, ampliação da rede de metrô, e a compra de novos trens para a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos. Já na segunda área, a preocupação, comum à do presidente Luís Inácio Lula da Silva é a de aplicar verba em abastecimento de água e ampliação de rede de coleta e tratamento de esgoto.
O leitor deve estar curioso para saber de onde virão os recursos que o tucano usará para as possíveis modificações: parte deles virá de empréstimos que Serra efetuou com o Banco Mundial, o Bird, o BID e o BNDS. Porém todos os empréstimos necessitam ainda receber aprovação do Ministério da Fazenda a e do Senado.
Chegamos ao ponto, o Senado. Insisto em recordar ao leitor que são medidas definidoras de melhores condições sociais que, também, o Senado se responsabiliza, como instituição pública. Desse modo, ainda que necessite de aprovação as mudanças vislumbradas pelo governo de São Paulo não devem ser, no jargão político, “engavetadas”. Ao lembrar que se tratam de pontos sensíveis para a população José Serra reafirma seu compromisso com suas intenções de mudanças. Transporte público e saneamento básico carecem de urgência dentro da política brasileira e os responsáveis pela cobrança governamental são exatamente, os protagonistas da situação que coloca, em um único recipiente, usuários de transportes públicos, e cidadão com o direito de dispor de um sistema de saneamento básico satisfatório. A dúvida é: serão feitas as cobranças?
Abraços e até a próxima semana.